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sábado, 30 de abril de 2011

ESTRADAS LARGAS

"Um sem número de estradas
são pavimentadas na incerteza
com pedras desalinhadas e poeira,
sem rumo e sem beleza
Sombras que se alargam, impassíveis
na inerte pretensão das caminhadas.
Consomem histórias fragmentadas
que na ilusão se formam, invisíveis
Nas largas estradas se descortina
o que muitos querem ser um dia.
De ouro e prata compõe-se o horizonte,
brilho efêmero das armadilhas.
Passo a passo seguem contornadas
por sinais e cores que saúdam as almas
de tantos inquietos viajantes
que não percebem o que os aguarda.
Estradas que se moldam, congestionadas,
por tantas intenções equivocadas.
Até que um dia se revela o engano:
Para onde foi o caminho plano?
Nas margens sinuosas que declinam
jazem os sonhos desfigurados.
Não há mapa que desfaça o erro
dos que seguem resolutos, mas perdidos."

(inspirado em Mt. 7.13)

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