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quarta-feira, 30 de março de 2011

SOU ESPÍRITA, O QUE FAÇO PARA SEGUIR JESUS?

Não é difícil seguir Jesus...Ele anda com a gente...Ele já fez todo o trabalho! Difícil é seguir a "igreja", a religião que usa o nome de Jesus para criar mandamentos de homens. Esses, os que assim procedem, são como os fariseus descritos por Jesus em Mateus 23: assentam-se na cadeira da religião, tomam para si a presunção de serem os donos das "chaves do reino de Deus", não entram, e nem deixam os que querem entrar poderem fazê-lo em paz. Além disso, eles são os que criam mandamentos penosos que eles nem mesmo com um "dedinho" querem tocar--porém os impõe sobre os demais homens! Jesus disse que esse espírito está presente em toda religião que se arroga a tais pretensões. O que Ele disse dos fariseus é o que ele diz dos "cristãos religiosos" que você encontra no caminho; e também diz dos espíritas, que falam o “nome” Dele, mas não crêem no que Ele já fez por nós. Esse tipo de gente—digo: os que falam em Nome de Deus sem confiarem em Sua Misericórdia—, são pessoas capazes de dar uma volta na terra para fazer um discípulo de si-mesmos; e, uma vez tendo convencido tal pessoa, tornam-na um ser duas vezes mais endurecido do que eles mesmos. O Caminho é Jesus. Andar com Ele não é difícil. O difícil é andar sem Ele ou andar conforme os "mandamentos" dos estelionatários que usam Seu Nome a fim de prender os ignorantes. Jesus disse que o Caminho é Estreito, mas não porque seja cheio de regras. De fato, o caminho é Estreito porque são poucos os que aceitam que é tão simples. A alma humana prefere as muitas "alternativas". Daí estarmos lidando com um paradoxo. Observe você mesma: Quem eram, nos Evangelhos, aqueles que andavam no caminho largo e quem eram os do caminho estreito? A resposta da "religião" dirá que os do caminho largo eram os "pecadores"—conforme aquilo que a "religião" chama de "os pecadores." A questão continua: Então quem eram os do caminho estreito? Quem eram os que andavam no caminho que conduz à vida? Bem, eles dirão: os discípulos de Jesus, os que guardavam a Sua Palavra! A questão perdura: E quem eram esses? Ora, aí eles começam a estrebuchar! Não eram religiosos e nem "religiosos" os andavam com Jesus. Jesus chamou a publicanos, pescadores, coletores de impostos, mulheres da vida, gente com muitos casamentos nas costas (João 4); e muitos outros aos quais os "religiosos" não consideravam irmãos. O que você entende com isso? Bem, o Caminho que conduz à Vida é estreito justamente por ser simples. O que é "largo" é aquilo onde se põe muita coisa. A religião é que anda num caminho largo, cheio de coisas; cheio de todas as vontades humanas e de todas as presunções de “fazer por merecer” atingir o final do caminho. Para Jesus tudo era simples: 1. Quem crer tem a vida. 2. Seus discípulos não devem ser como os fariseus. Ao contrário, devem ser pessoas que apenas andam em amor a Deus e ao próximo. 3. O exemplo que Ele nos dá de como tratar o próximo é retirado de uma cena do cotidiano: um "samaritano"—considerado pelos religiosos judeus um "bastardo"—é a pessoa que faz a vontade de Deus no caminho da vida; enquanto os religiosos passaram de "largo" para cumprir suas "obrigações" farisaicas e presunçosas. 4. Quando Jesus morreu na Cruz por mim e você, tudo ficou simples. Eu aprendo ali que quem que crer que Ele levou os seus pecados na Cruz, tem a vida eterna. O nome desse conceito é Graça. Graça significa "favor imerecido". Ou seja: eu não sou salvo por mim mesmo. Minha salvação é crer que fui salvo por Jesus. Assim, quando creio, tudo fica mais que simples. Então você pergunta: onde, então, ficam as "boas obras"? Não tenho que praticá-las? Ora, as boas obras ficam no único lugar onde elas fazem sentido: na espontaneidade do coração que responde a Deus e ao próximo com amor! Sem amor, toda boa obra que seja praticada como obrigação não tem nenhum valor diante de Deus! Somos, portanto, salvos pela Graça de Deus, mediante a fé no que Jesus já fez por nós. Essa fé gera gratidão e amor no coração. E um coração grato a Deus pela salvação gratuita que recebeu em Jesus Cristo, passa a se deixar mover por amor. É a gratidão gerada pela Graça em nós o que deflagra o processo do amor que realiza boas obras e obras boas. Daí em diante não há obrigação.

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